terça-feira, 26 de outubro de 2010

Manias Musicais.

Não sei se e só comigo,mais quando gosto de uma musica,escuto ela umas 100 vezes no mesmo dia.Isso acontece todo dia e as musicas mudam de acordo com meu humor.Hoje a escolhida da vez e essa versão acústica de Bottle It Up  da fofa Sara Bareilles.


Estranhesas minhas.



Vou confessar. Tenho uma terapia que não é mais do que uma mania. Faço triagens com os dedos e arrumações nas gavetas.Desenho corações pelo corpo e imagino eles saltarem como batidas. Uso toda a roupa sem ousar repetir peça que seja, lavo todas as peças. Esvazio os pulsos de adornos, leio um montão de livros. Faço listas atrás de listas, numerações tamanhas, dos filmes que quero ver, dos planos para depois, das idéias que borbulham na cabeça, dos livros que já li e reli, dos que quero ainda adquirir. Risco tarefas do bloco de notas, sublinho passagens com que me identifico num traçado fundo. Levanto-me muito tarde, durmo muito pouco, sonho o demasiado não sei em que estado de consciência. Pinto muito as unhas , e tenho uma mania estranha de mecher no cabelo. Ponho perfumes frescos e calço bastante as meias a noite. Gosto de ver mil e um filmes ou simplesmente de escrever  numa página frases sem sentido, mas encadeadas umas nas outras. Gosto de me enroscar na minha manta cor-de-céu ou na minha manta cor-de-psicologia . Gosto do estado de calmaria e do frenesi não-evidente que se instala em mim quando a puta da saudade de te abraçar vem. Gosto dos diálogos e do pensar muito até doer muito a cabeça. Gosto da sensação de que cada dia tem um fim, sem que o seja capitulo, de repente aprender que por mais que um livro acabe, um livro daqueles em que arrastamos a nossa personagem favorita da primeira à última página, podemos sempre escrever trilogias, porque são um clássico, ou sagas intermináveis, se três livros não bastarem.São tonturas que se impõem. E quando, no desenrolar de dramas ou das minhas sempre estimadas séries, as lágrimas me correm em prova de estafeta pela face sabem-me sempre bem na memória todas aquelas que me fizeste derramar, tão reais e sofridas. Tão doces, tão adjuntas de história. Tão arbitras em meio-campo, tão fiscais de linha. Sabe tudo bem nestes dias. São mais que nossos, meus. E isso faz toda a diferença. Meu bem estimado egoísmo, meu açucarado orgulho, meu bem nutrido intelecto. Sabe tudo bem.    


Patrícia Ruivo. http://simulacrosdoser.blogspot.com/
 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Talvez ela só precise ser encontrada.



Ela vivia perdendo coisas,e as vezes ela mesma.É esse modo de pensar ja estava a muito tempo ganhando espaço em seus pensamentos.
Tinha que pensar dessa forma para poder explicar, por que coisas ruins aconteciam.Tinha que ver o mundo dessa forma, para tentar não enlouquecer de vez,era preferível enlouquecer um pouquinho a cada dia.
E não que ela ,estivesse em uma constante perda de identidade, ela só tentava perder aquilo que a fazia ter medo.
Mas,o que era pior penso eu, rir pra fora é chorar pra dentro,ou ainda tentar se convencer que ela estava satisfeita com aquele arranjo provisório?
Engraçado como as meninas que pensam demais não sabem ser praticas,é o mais irônico ainda,é que elas complicam coisas tão simples no ponto de vista de quem ta de fora.

"Talvez tudo que ela precisa-se era só parar de se perder todo dia, e se encontrar.
Penso eu,que o necessário mesmo ,era ela ser encontrada."