sábado, 11 de junho de 2011

Faxina.



Hoje acordei meio nostálgica,e decidi fazer uma limpeza no quarto com a esperança de aliviar a alma. Achei a minha agenda,aquela que eu usava para escrever sobre o período mais doloroso da minha vida,lembrei das noites acordada segurando uma caneta com toda força vendo ali minha unica saída pra não enlouquecer.Despejando naquela pobre agenda toda minha agonia de momentos tão dolorosos e solitários,lembrei do meu desespero ao arrancar todas as folhas que pingavam lamentos e te entregar e aquilo foi desespero sabe,uma especie de alto mutilação arrancar parte de mim e deixar você ler toda a minha alma daquela forma,rasgar na sua frente em milhões de pedacinhos aquelas folhas foi querer rasgar a dor.Eu escrevi um ultimo texto,um texto de despedida,ele esta aqui dentro da agenda,guardado como parte de um passado tão nosso.Hoje lendo cada linha eu chorei sabe,mais foi um choro diferente sem sofrimento.Ultimamente não tenho me permitido chorar,e nem parar para pensar em tudo que aconteceu,mais é impossivel não deixar as palavras crueis que sairam de voce não me envenenarem as vezes,como diz a Tati Bernadi "você até pode correr da dor,mais uma hora você cansa e ela pega você".Sei que isso tudo já esta bem perto de aliviar,afinal eu que antes acreditava nunca mais sorrir já me peguei sorrindo por nada.Sabe o que conforta? a certeza de que eu tentei,até o limite eu tentei,e nunca vou me culpar por não ter dado certo.Eu sai de alma limpa,machucada eu sei,mais limpa,e lendo o que eu escrevi eu hoje tenho a certeza,eu dei o meu melhor,eu lutei por aquilo que eu acredita,pena que a causa foi errada,mais o objetivo foi muito nobre.Com tudo isso não pense que eu desisti do amor,ou que eu vou descontar em outros a dor que você me infligiu,pelo contrario eu me tornei bem melhor,e hoje eu sei que o que machuca não é amar alguém,e sim deixar que esse amor seja maior que você.Afinal vou ter que conviver comigo a vida inteira tenho que me por a frente de qualquer outra pessoa.Minha mãe costuma dizer que não há um mal que não traga um bem,e o bem que tudo isso me trouxe foi uma lição muito valiosa:
"Preciso passar por todo esse sofrimento,por que quando o verdadeiro chegar eu vou saber reconhece-lo."
E parece clichê eu sei,mais mesmo com tudo isso eu não deixei de ser quem eu sempre fui,eu não vou deixar mesmo que tudo isso me torne uma garota sem critérios que fica com qualquer um pra  atingir outra pessoa,acho que pelo contrario,aprendi a ser mais seletiva e me preparar,para alguém,que um dia vai me fazer feliz como eu mereço.Parece ridículo eu sei, mais eu nunca vou deixar que qualquer sofrimento me tire essa esperança.
É engraçado mais apesar de tudo isso ainda sou a 
"menina que é fascinada por estrelas,que acredita que se cada um fizer a sua parte podemos melhorar o mundo,e que não vai desistir nunca de ser feliz."

P.s:Sofrimento é passageiro,Pessoas podem te decepcionar, Você vai sofrer por um tempo,Mas não deixe que isso te torne uma pessoa desacreditada,Use tudo isso como combustível para seguir em frente.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Tão Meu.



Me espanto com as coisas que mexem comigo hoje, mas me espanto muito, muito mais com as coisas que não fazem mais a menor diferença.

Cansei da necessidade absurda de auto-afirmação, cansei do desespero para viver tudo logo, cansei de me preocupar com o que vai acontecer, com como vai ser, do que não vai ser. Cansei de tentar me encaixar em moldes ou de me comparar com outras pessoas; cansei de álbuns, de precisar vender uma imagem, de enlouquecer querendo o que não sou ou o que não tenho. Cansei de fotos entediantes de mim mesma, cansei de me preocupar com o que os outros vão pensar, com o que os outros estão vendo, com o que preciso provar para os outros.

E cansaço nem mesmo é a palavra correta - porque o cansaço já existia há muito tempo -, parece mais um sumiço de tudo isso. O levantar de um vapor, que me deixou bem mais leve.
De repente, muito de repente, me sinto como um rio que depois de um grande movimento se acalma. E talvez tudo aquilo volte na semana que vem, mas é incrível como essas últimas semanas parecem ter trazido paciência.
Não que não haja desespero e preocupação, mas agora são por coisas que parecem ser muito mais válidas. Não que eu não faça coisas para mostrar para o mundo, mas agora essas coisas são em primeiro lugar para mim, de uma forma muito mais sadia - não penso mais “Será que vão gostar?”, penso “Eu gosto”. E isso é muito mais libertador do que parece.
Estou muito de bem comigo mesma. Parece que eu voltei a viver para mim. 
Que perdure.

Iemai.