quinta-feira, 19 de maio de 2011

"O" cara é um cara.



É só um cara. Não o céu cheio de estrelinhas que voce tanto gosta. Nem o sustentáculo de todos os ossos de seu corpo, tampouco o mármore onde está gravada a suprema razão de sua existência. É só um cara.
E quer mesmo saber? É um cara como todos os outros caras.
Esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista, o padre, o vendedor. Ele estava ali o tempo todo. E ele não estava. Ele é só um deles. Vários. Uma legião. E ninguém.
É só um cara. E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas nesse seu momento de dor. Ele não é o destino. É um cara. Existem muitos destinos.
Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios amigos. Não sabe dizer a verdade. Não sabe que nome daria a um filho. Não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu.
Ele é só um cara. E você já esqueceu outros caras antes.

3 comentários:

  1. E todos os outros caras tornaram-se lembrança.
    Ao fim de tudo, o amor que fica, é o próprio.
    Bjs 'Hanyguel' :D

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  2. Fábio

    fora a emoção q vc carrega nos textos, acho a 'cereja do bolo' a reiteração de palavras.. elas trazem uma musicalidade ^^

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  3. com certeza,o que fica é o amor próprio ! :)

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Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. (Voltaire)