Há alturas e que somos tão nossos que nos embrulhamos para dentro como se fizéssemos a cama e nos esquecêssemos do corpo debaixo dos lençóis, dos edredons e das almofadas. Somos tão nossos que nos camuflamos nas paredes, nos móveis da sala, na cor do céu, debaixo de água. Somos tão nossos que o corpo espelha os esconderijos em que como contorcionistas nos atiramos das alturas. Se vos perguntarem por mim, digam que não me viram. Malabarismos excêntricos.
Patrícia Ruivo. http://simulacrosdoser.blogspot.com/
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Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. (Voltaire)